Introdução

O Programa NH2 é destinado tanto a avaliações probabilísticas de confiabilidade composta de sistemas elétricos de grande porte como a quantificação e alocação de reserva de potência operativa. Os métodos e modelos numéricos que compõem o NH2 garantem flexibilidade e eficiência em uma variedade de análises.

O NH2 é resultado de um longo e intensivo projeto de pesquisa, desenvolvido pelo CEPEL em conjunto com a Eletrobrás, contando com a estreita cooperação de diversas empresas do setor elétrico. Esta cooperação garantiu ao NH2 grande flexibilidade, em função da diversidade de usuários e aplicações.

Para avaliação da confiabilidade de sistemas elétricos, o sistema NH2 permite a utilização de métodos de Análise de Aderência ao Critério N-1, Enumeração de Estados e de Simulação Monte Carlo Não-Sequencial. O procedimento básico consiste em gerar, a partir de um caso base de fluxo de potência, um conjunto de casos ou estados de contingência, com base nas estatísticas de falha dos equipamentos.

A adequação de cada um destes casos é avaliada, de modo a identificar violações operativas em componentes do sistema. A avaliação da adequação do sistema é realizada por meio dos mesmos modelos não lineares (modelos AC) de fluxo de potência convencional usados no programa Anarede.

Uma vez que violações operativas tenham sido identificadas, as mesmas podem ser eliminadas por meio de métodos de otimização. Atualmente o sistema NH2 utiliza o mesmo método e os mesmos modelos do programa FLUPOT capaz de resolver o problema do fluxo de potência ótimo não linear com grande robustez.

Os resultados das análises de adequação são tratados e classificados, p ermitindo um diagnóstico completo do sistema em estudo. Isto é possível não só por meio dos próprios índices de confiabilidade, mas também pelo conjunto de informações adicionais fornecido, quais sejam: identificação e classificação dos casos mais críticos, estatísticas de violação e modos de falha.

O diagnóstico apresentado refere-se a duas situações distintas: antes da atuação de medidas corretivas, associado a problemas no sistema e após a atuação de medidas corretivas, associado a interrupções de carga. Os índices são desagregados nos níveis Sistema, Área, Tensão Base e Barramento, e segundo os modos de falha de sobrecarga, violações de tensão, ilhamentos e déficit de geração.